quarta-feira, 23 de março de 2011

Paul Verlaine, A Sombra do Arvoredo; BH, 0230302011.

O rouxinol que, de cima de um ramo, se vê num
Rio, julga ter caído n'água.
Está no alto de um carvalho e, no entanto, receia afogar-se.
                                                                         
                                                                          Cyrano de Bergerac

A sombra do arvoredo em ribeira que passa
Falece como a fumaça,
Enquanto lá no céu, entre ramos e ninhos,
Se lamentam passarinhos.

Quando esta cena refletiu, ó viandante,
Teu apagado semblante,
E quão triste plangia em frondosa ramada,
Tua esperança afogada!

Nenhum comentário:

Postar um comentário