sábado, 18 de junho de 2011

Chame-me de africano; BH, 0280601999; Publicado: BH, 0180602011.

Chame-me de africano,
Sou mineiro, mas não ligo;
Chame-me de negro, afro,
Natural da África,
Afro-brasileiro, negro-brasileiro;
Todos viemos de lá;
Numa excitação exagerada,
Ao ver a cor da pele da mulher,
Aumentar o apetite sexual,
Uma afrodisia sem fim;
E lá tem muito poder afrodisíaco,
Tem na afrodita,
A planta criptogâmica;
Do que tu me chamas,
Não vai ser uma afronta,
Não vou dar ouvidos,
De um ato ou palavra insultuosa;
Um ultraje de tua parte,
Infâmia doentia,
De quem como num assalto,
Não sabe o que fazer;
E atrapalha o afrontamento, e
Na hora de fugir,
Cai de cansaço,
Sem saber onde ir; e
Perde a declaração,
Como o maior lance,
De leilão ou arrecadação,
Pois não sabe afrontar,
Só insultar o semelhante,
Não fazer frente ao inimigo,
Não enfrentar o perigo,
Arrostar seu temer,
Hostilizar e discriminar,
Fatigar a paciência,
Causar cansaço e indisposição,
Com palavras vãs, e
Não encontrar-se de frente
Na hora certa, e
Não medir-se para defrontar,
E não precisar correr.

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