terça-feira, 26 de julho de 2011

Alcovitar sem fazer intrigas; BH, 040701999; Publicado: BH, 0260702011.

Alcovitar sem fazer intrigas,
Sem denunciar os amantes,
E mexericar com a vida,
Que não temos nada,
Com o que acontece,
Numa alcova;
Apadrinhar as casas amorosas,
Facilitar aos amantes,
E o ser alcoviteiro, se por alcunha,
E sem ter o nome dado por alguém,
Geralmente denotativo,
Porém, sem ser, mas se for,
De uma particularidade,
Física ou moral,
É só o apelido e mais nada;
E de espécie de candeeiro,
Ou cabeça iluminada,
Podeis me alcunhar;
Mas sou diferente,
Tenho meus defeitos,
Tenho meus erros,
Tenho meus pecados,
Mentiras e falsidades,
Desilusões e desgostos,
Mágoas e nódoas,
Manchas e marcas,
Mas não fujo da ética,
Não fujo da razão,
Da verdade e da realidade,
E quando chego a um aldeamento,
A uma povoação de índios,
Dirigidos por civilizados,
Torno-me também aldeão,
Referente e pertencente à aldeia,
Torno-me rústico e forte,
Habitante de povoado de
Poucos habitantes, como
Povoação de indígenas,
E vejo-me num campo,
Em oposição à cidade; e quero
Aprender a aldear todas elas,
Numa só aldeia,
Numa só alcova,
A aldeia global.

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