quarta-feira, 27 de julho de 2011

Não vou chegar aos pés de Rainer Maria Rilke; RJ, 0270301999; Publicado: BH, 0270702011.

Não vou chegar aos pés de Rainer Maria Rilke,
E nem à perfeição,
Das suas "Elegias de Duíno";
E nem vou atingir o êxtase,
Não vou atingir o triunfo,
Das odes de Fernando Pessoa;
Faço o meu feijão com arroz
E farinha, meu angu à baiana,
Meu sarapatel e baião de dois,
Com o meu parco vocabulário,
E meu pobre português;
Se um dia achardes, ou alguém achar,
Que mereça atenção e leitura,
Darei graças a Deus, então;
Bem sei que nada é novo;
E tudo que se pensa,
Já foi pensado;
E tudo que se escreve,
Já foi escrito;
Nada é mais, ou menos feio,
Nada é mais, ou menos bonito;
É que não tenho profissão,
Não estudei e nem tenho diploma,
Sou teimoso e esperançoso,
Fico nesta ideia fixa,
De me transformar num escritor,
De dar à luz a um poeta,
E saber que ninguém vai ler.

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