domingo, 31 de julho de 2011

Ode visceral, RJ, 0260301999; Publicado: BH, 0310702011.

Este canto sai das minhas entranhas,
Dos labirintos das estruturas escondidas,
Lá no fundo de mim;
A ode do uivo visceral,
Expelido de um organismo de esperança,
Das tripas sulfurosas,
Atormentadas por fraquezas exteriores;
Este é o canto físico da alma,
O grito rouco do espírito,
A busca do Orfeu à Eurídice,
Nos meandros do inferno;
É a resposta de Dante,
Ao sopro gélido de Caronte;
É o canto do poeta que procura,
A rocha firme da sobrevivência,
O chão da felicidade,
E cada pétala de flor,
Cada bater de pálpebras,
Cada voar de borboletas,
A se transformar em notas musicais;
E cada sopro de vento,
Vibrar da brisa,
E reverberação do ar,
E com num cântico novo no firmamento;
Este canto sou eu,
Eu sou o cantor,
Poeta e regente,
E da minha garganta flui,
Este canto excelente.

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