quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Meu muro não é de base de alvenaria; BH, 080701999; Publicado: BH, 0110802011.

Meu muro não é de base de alvenaria,
A minha parede não é de tijolos,
Minha construção não é de concreto,
E a fundação que me suporta,
É arenosa, movediça, pantanosa;
Não tenho fundamento,
Não encontro apoio,
Só aliciação imprópria,
Aliciamento indevido,
E o aliciador é sempre alguém,
Que não pretende ajudar,
Não pretende a fazer o bem;
Não posso me deixar atrair,
Para falsos caminhos;
Preciso conquistar a verdade,
E não deixar a mentira me seduzir;
Convidarei a realidade,
Para fazer parte do meu dia a dia;
Provocarei a ilusão irracional,
Até que a noção,
Até que a razão,
Sejam as soberanas;
E que a alma não seja mais subornada
E a treva não venha aliciar,
Nenhum princípio de causa,
Nenhum ser racional,
Para que ele caia,
Nos precipícios da adversidade;
E toda alienabilidade encontrada,
Será lançada por terra, derrubada,
Com um basta de alienação;
É o fim da loucura,
O alheamento de alguém,
No mundo objetivo;
Basta da privação da possibilidade,
De direção da própria atividade,
Pelo homem, e que ele possa,
Exercer sua faculdade criadora.

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