quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Desde o tempo do araçaiba; BH, 0250602000; Publicado: BH, 0601002011.

Desde o tempo do araçaíba,
Árvore da família das Mirtáceas,
Havia o aracaju, indígena da tribo dos
Aracajus, do Xingu, a qual pertence
A família Tupi-Guarani,
Que depois do extermínio,
Só sobrou o nome da capital do Estado
De Sergipe, donde partem com
Aracambus, cruzeta em que na jangadas,
Descansa a verga da mezena,
Armação em que se penduram,
Os aparelhos piscatórios na jangada;
Cada jangadeiro com o seu aracanga,
Seu papagaio no ombro;
E não são piratas, são destemidos,
Com a araçanga na mão,
Pequeno cacete, usado para
Matar os peixes já ferrados;
Como o aracanguira dos Caiangídeos;
E ao sertanejo, o trabalho com o
Arado, a aração, não existe no sertão,
Só a fome excessiva e o
Comer sofregamente o que se
Encontra na retirada;
Até araçarana seca, até Melastomatáceas
Das rubiáceas e o araçareiro desaparecem
E o araçari também voa para longe;
O comum de várias aves da família
Dos tucanos, de bico menor que estes;
E só no frescor do arati, nome
Indígena de um vento, que em
Regiões do Nordeste, sopra de
Nordeste para sudoeste, é que
Suaviza um pouco, a vida desse
Povo sofrido, e querido e
Amarrado à vida.

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