terça-feira, 4 de outubro de 2011

Opus 2; BH, 0401002011; Publicado: BH, 0401002011.

Escolhais com sabedoria o destino
Dos vossos restos mortais, imortais
Sonâmbulos, que vagueais na
Noite do dia, acordados, mas
Que pareceis passarinhos a dormir,
Em plena atividade do pesadelo
Cotidiano; não sonheis pois não
Tendes o direito a sonhar; rilhais
Os dentes; as hienas riem e comem
Carniças; ingerimos porcarias a
Toda hora, que nos incham
A barriga, nos enchem de gases
Fétidos e aparentamos caras
De satisfeitos por cima da máscara;
A nossa carapuça está é por
Baixo; precisamos de alguém
Com coragem, que tire nossa
Pele, e exponha a nossa realidade
Em vida, a nossa carne viva,
Com o coração ainda a  pulsar,
Como é feito com os animais,
Que têm a pele retirada com o
Bicho ainda vivo, quando não
Querem que o couro seja estragado
E o casaco que será feito, terá
Uma aparência sempre renovada;
Escolhais vossas loucuras, cada
Um esconde uma num recôndito,
Não muito distante; cada um
Tem uma doença que pensa que
Não tem cura, mas quereis um
Corpo sempre plástificado, para que
Os vermes famintos, roedores
De ossos, façam um banquete,
Um festim em homenagem,
Aos vossos restos mortais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário