terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ai de mim sofredor; BH, 080602000; Publicado: BH, 01º01102011.

Ai de mim sofredor,
Com meu coração apaziguador,
Que apanha e é consolador
E não bate nem por amor;
Ai, aplacação terrível do medo,
Apaziguamento pela covardia,
Calma doentia e traiçoeira,
Que inibe até ao urso apívoro,
Que come as abelhas desgarradas,
Perdidas sem o apisto fortificante,
O caldo substancioso para doentes;
O composto que salvará o ímpio,
Com todo o vaso do pecado,
Espécie de bule esquecido,
Onde os doentes morrem de sede,
Por não terem o apisteiro,
Onde se dá o de beber;
E o resto é só trabalhar o pano
No pisão e no batê-lo bem ao tecer;
Pisoar e consolidar o terreno,
Para plantar em camadas sucessivas,
Por meio de repetidas batidas
De soquete ou de macaco;
Apisoar e depois do apisoamento do
Acidente, pedaços de carne e de corpos,
A apirexia, sem a cessação da febre,
A apirexia, sem a ausência da febre e
Que nos reanima; o que não tem
Febre de amor, o prazer apirético do
Amor, que foge quando tem forma de
Pipa, para mirar bem apipado,
Que o policial está bem equipado,
Para enfrentar o apinhado.

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