quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nietzsche, O problema daquele que espera; BH, 02101202011.

O problema daquele que espera -
São necessários os toques do
Acaso e muito de imprevisível
Para que um homem superior,
Em quem dormita a solução de
Um problema, se ponha a agir em
Tempo hábil - para que "entre em
Erupção", se poderia dizer.
Geralmente isso não acontece e,
Em todos os cantos do mundo, há
Homens que esperam, que mal
Sabem que esperam e que sabem
Ainda menos que esperam em vão.
Às vezes também o grito de despertar
Chega muito tarde, esse acaso que dá
A "permissão" de agir - quando a mais
Bela juventude, a melhor força ativa se
Perderam na inação; e quando há que,
No momento de "se lançar", perceberam
Com terror que seus membros estavam
Dormentes, que seu espírito já estava
Muito pesado!
"É muito tarde" - disseram então,
Incrédulos, para si mesmos e desde
Então inúteis para sempre.
 - No domínio do gênio o "Rafael sem
Mãos"; esta expressão tomada com seu
Sentido mais amplo, seria talvez não a
Exceção, mas a regra?
 - O gênio não é talvez tão raro que as
Quinhentas mãos que lhe são necessárias
Para violências ao xoupoo, "o bom
Momento", para agarrar o acaso
Pelos cabelos!

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