sábado, 17 de dezembro de 2011

Aonde andará a luz útil; RJ, 0180301998/BH, 0210702000; Publicado: BH, 01701102011.

Aonde andará a luz útil,
Aonde andará a luminosidade?
Tenho pavor das trevas,
Tenho horror da obscuridade;
Meu terror é viver no escuro,
Acorrentado às masmorras,
Aos calabouços da ignorância,
À dor que causa a falta de conhecimento,
O sofrimento que causa o não saber;
Aonde andará a fertilidade?
A inspiração que desequilibra,
A criatividade que desiguala,
Que nos faz procurar a perfeição;
Para que tanta solidão na alma?
Para que tanta amargura no ser?
Chega de fel na boca,
Chega de esperar a esperança;
A hipocrisia é uma criança,
Numa marquise num viaduto,
Num campo de refugiados
Num acompsmento de flagelados;
A hipocrisia é um cadáver,
Uma mulher agredida,
Uma injustiça cometida,
Um índio sem aldeia e taba;
A hipocrisia é um tapa,
Um bofetão na cara,
E nós não sabemos como evitar;
Recebemos toda a descarga,
E não sabemos como impedir;
Aonde andará o amor?
Que coisa piegas e pueril;
Aonde andará a paz?
Que coisa ignóbil e vil;
Não me faças mais o favor,
Ou até me faças o favor,
De me indicar a saída de emergência.

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