terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tenho que transpor; RJ, 0290901997; Publicado: BH, 02001202011.

Tenho que transpor,
Uma barreira muito grande,
Alta e infinita;
Uma armadilha de concreto,
Aço e cimento armado;
Tenho que abrir uma trilha,
Um canal de escape,
Uma saída de emergência;
Tenho que abrir uma clareira,
No meio da mata virgem,
De selva hostil e desconhecida;
Tenho que lutar,
Numa guerra interminável,
De batalhas perdidas
E lutas cotidianas,
Onde derrotas sucessivas,
Prostram-me por terra,
Deixam-me estendido,
Sem mão compreensiva,
Para poder levantar-me;
E todo o limite
Sou eu mesmo;
Todo obstáculo,
É a minha mente,
Que consegue dominar-me,
Algema-me e amarra-me,
Ao não deixar-me libertar-me,
Dela e de mim mesmo;
E até hoje não compreendi,
Certas coisas que acontecem comigo,
E não sei se acontecem com todo mundo;
Só sei que não consigo decifrá-las,
Não consigo superá-las
E atingir o meu ideal.

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