sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tive acesso à minha ânsia; RJ, 030701997; Publicado: BH, 01601202011

Tive acesso à minha ânsia, 
E acrescentei à beça sem exceção,
Toda depressão avulsa que se aproximou,
Do meu assessor espiritual;
De adolescência incauta, a
Exceder no sofrimento,
Sem uma experiência boa;
A encher de lágrimas de pranto,
Um açude infinito;
E na balsa da vida,
A remar a cassetete,
A ter como acessório,
A extensão da consciência,
De toda excelência humana;
Cansei de classismo,
De papel almaço vazio,
De crescer para baixo,
Sem ser extrato excelente da natureza;
A dimensão do cacete,
Que levei da vida,
Fez-me descer ao nível do chão;
Tonei-me um ser extravagante,
Excêntrico e sem aprender a dissertar;
Dispersei no ecossistema do cansaço,
Enrubescido e extenuado de vergonha;
Maníaco excepcional,
Estendi-me na grama;
O ar estava escasso,
O máximo que podia fazer,
Era beber em excesso;
Censurado num fascículo de minha vida,
A transformar todo defesso,
Num curso de dança das flores,
Que vi florescer num jardim próximo;
Exceto hortênsias e jasmins,
Todas sentiam necessidade excitada,
De querer viver a qualquer custo.

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