sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Carrego minha abuta; BH, 0401101999; Publicado BH, 060102012.

Carrego minha abuta
Cheia de rapé;
Herdei do meu avô,
A caixinha que carrego
Cheia de tabaco,
Fumo picado antigo,
Que serve para fazer,
O cigarrinho de palha;
A gente fumava
E não sentia doença,
Mal do peito,
Não tinha câncer;
Hoje não podemos fumar
E nem respirar a fumaça,
Daqueles que fumam,
É morte na certa,
Por alguma doença qualquer;
E de nada adianta abetumar,
Pois se formos abatumar,
Sobre tudo que as coisas,
Podem nos causar,
Nem de casa sairemos;
E quanto mais ficar abutardado,
Mais sofreremos;
Quanto mais abertadado,
Mais estaremos à mercê
Das forças ocultas,
Que querem nos padecer;
Como o abutilão,
Planta malvácea, originária
Das Antilhas, abutilóide,
Abutilo de família,
Cultivada como planta têxtil,
Abutilou avicanae Gaertn.

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