segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Casimiro de Abreu, Violeta; BH, 0230102012.

Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
 - Se eu deixo a rosa do prado
É por ti - violeta!

Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.

A borboleta travessa
Vive de sol e de flores...
 - Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!

Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
 - Deixa eu dormir no teu seio,
Dá-me o teu mel - violeta!

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