quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Não me enchas o saco; RJ, 070901993; Publicado: BH, 050102012.

Não me enchas o saco,
Vais para a puta que pariu;
Não venhas me dizer,
O que tenho que fazer;
Enfias o dedo no cu e rasga,
Botas as hemorroidas para fora;
Só quero uma coisa,
Deixas meus ouvidos em paz;
Estou brocha e impotente,
Meu pau não levanta mais
E nem punheta bato;
Penso que estou até
A virar veado;
Sais de cima de mim,
Ou vou acabar por me suicidar;
E não quero me desesperar,
Não quero entrar em pânico
E nem perder a tranquilidade,
A calma e a razão;
Não quero morrer do coração,
Pois quando chegar à conclusão,
Que não existe solução para mim,
Não sei como reagirei;
O filho que tenho está doente,
O futuro dele me mata,
E como será meu filho,
Daqui a alguns anos?
Não posso me destuír por ele;
Penso que tenho
Que continuar a viver;
Então porra,
Não me enchas o saco.

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