terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Que curiosidade pode existir; RJ, 0210401996; Publicado: BH, 0240102012.

Que curiosidade pode existir,
A ponto de transformar,
Nalgum interesse,
Nalguma utilidade,
O que por ventura venha surgir,
Diante dos meus olhos,
Riscado em papel branco,
Pela tinta da caneta,
Segura por meus dedos;
Se minh'alma
É um poço de medo,
A coragem não transpõe meu limite;
E por mais que tente,
Buscar um amparo,
Não encontro abrigo,
Para meu ser combalido,
Sem disposição de enfrentar,
As cruezas que o destino,
Lança a frente,
Diante do caminho,
Feito migalhas de pão,
Esmagadas por pisaduras,
De seres fortes e superiores,
Possuídos de mentes poderosas,
Capazes de feitos inacreditáveis;
Mentes iluminadas,
Brilhantes e fosforescentes,
Que ofuscam a própria luz do sol;
E donde não existe noite,
Não existe escuridão,
Só uma luz intensa e eterna,
Donde se pode olhar diretamente,
E a luz não turva,
O olhar da gente.

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