sábado, 3 de março de 2012

Joachim du Bellay, Tudo quanto rodeia a Natureza; BH, 030302012.

Tudo quanto rodeia a Natureza,
Quanto mais cedo nasce, menos dura;
Da primavera o manto de verdura
Em breve perde a flórida beleza.

No calor, do trovão são fácil presa
Os frutos que receiam a friúra;
E contra o inverno têm pele mais dura
Os tardos que do outono são riqueza.

As florinhas de tua mocidade
Breve serão colhidas sem piedade,
Não a virtude, o espírito, a razão.

A esses frutos, em ti tão promissores,
Não dá outono nem verão temores,
Nem o rigor da gélida sazão.

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