sábado, 10 de março de 2012

Nietzsche, Nós os estreantes; BH, 0100302012.

Quantas coisas descobre e vê um ator quando vê outro representar!
Ele sabe quando num gesto um músculo se recusa a trabalhar, isola
Esses pequenos detalhes artificiais que foram exercidos separadamente
E de sangue-frio diante do espelho e que não conseguem se fundir no
Conjunto; sente quando o ator fica surpreso em cena por sua própria
Invenção e que, em sua surpresa, estraga o efeito dela.
 - Como um pintor olha de forma diferente um homem que se posiciona
Diante dele!
Vê sobretudo muitas coisas que não existem na realidade, para poder
Completar o que está em sua presença e levá-lo a lhe conferir seu pleno
Efeito; tenta mentalmente várias iluminações do mesmo objeto, divide o
Efeito de conjunto por um contraste acrescentado.
 - Se somente tivéssemos o olho desse ator e desse pintor em todo o
Reino da alma humana!

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