quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mário Quintana, Tangolo-Mango; BH, 050402012.

                                                                         Para Érico Veríssimo

Tudo como na história dos dez negrinhos:
... e não ficaram senão quatro...
... e não ficaram senão três...
Só que, na nossa história,
Os negrinhos éramos muito mais de dez.
Não, não vou começar a contá-los pelos dedos!
Que adianta?
Outros serão os seus cuidados, outros os seus segredos
Agora...
Outras serão as suas aventuras,
De que ciumentamente me sinto afastado.
E como, na verdade, dizer-lhes
Toda a falta que me fazem
Quando o que eu sinto neles é a falta de mim?!
E depois nem é bem como no caso dos dez negrinhos:
Um dia não haverá ninguém entre nós,
Ninguém no mundo
Para lembrar que não sobrou nenhum!

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