quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nietzsche, O que separa; BH, 050402012.

O que separa mais profundamente dois homens é um sentido e
Um grau diferentes de pureza.
Que importam a honestidade e a utilidade recíprocas, que importa
A boa vontade de um com relação a outro!
O resultado é sempre o mesmo: - "não podem se cheirar"!
O mais sublime instinto de pureza rejeita aquele que o possui
Na mais perigosa e estranha solidão como um santo: de fato é
Precisamente a santidade - a mais alta espiritualização desse instinto.
Há um certo pressentimento singular que leva a provar de antemão
A indescritível felicidade que pode haver em tomar um banho, é
Um certo ardor, uma sede que impele sem cessar a alma para fora
Da noite na manhã, para fora da perturbação, da "angústia" na
Claridade, naquilo que é brilhante, profundo, delicado: - na mesma
Medida em que semelhante inclinação distingue - é uma inclinação
Nobre - também separa.
A compaixão do santo é compaixão pela impureza daquilo que é
"Humano, demasiado humano".
Há graus e alturas onde a própria compaixão é considerada por
Ele como uma impureza, como uma falta de limpeza.

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