quinta-feira, 31 de maio de 2012

Joachim du Bellay, Se ao pé da eternidade nossa vida; BH, 0310502012.

Se ao pé da eternidade nossa vida
É quase nada e os anos que se vão
Arrastam nossos dias sem perdão.
E se o que vem à luz vai de vencida,

O que esperas ainda, alma sofrida?
Por que te apraz da vida a escuridão,
Se para alcançar mais lúcida mansão,
Uma asa tens às costas estendidas?

É lá que existe o bem que a alma deseja.
Lá, toda paz por quem o mundo almeja,
O verdadeiro amor, delícia tanta!

E lá, minha alma, te elevando ao céu,
Hás de reconhecer, então, sem véu,
A Ideia da beleza que me encanta.

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