quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cruz e Souza, Só; BH, 0110702012.


Muito embora as estrelas do Infinito 
Lá de cima me acenem carinhosas 
E desça das esferas luminosas 
A doce graça de um clarão bendito;
Embora o mar, como um revel proscrito, 
Chame por mim nas vagas ondulosas 
E o vento venha em cóleras medrosas 
O meu destino proclamar num grito,
Neste mundo tão trágico, tamanho, 
Como eu me sinto fundamente estranho 
E o amor e tudo para mim avaro…
Ah! como eu sinto compungidamente, 
Por entre tanto horror indiferente, 
Um frio sepulcral de desamparo!

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