domingo, 21 de outubro de 2012

Pierre de Ronsard, O ramo que vos dou; BH, 02101002012.

O ramo que vos dou a minha mão
Entrelaçou com as flores mais garridas.
Se não fossem ao pôr-do-sol colhidas,
Amanhã jazeriam pelo chão.

Que este exemplo vos sirva de lição:
As nossas seduções, hoje floridas,
Muito em breve estarão emurchecidas
E, iguais à flor, em breve morrerão.

Foge o tempo, Senhora, não perdura.
Meu Deus! O tempo não, mas nós mortais,
Que vamos logo estar na prefeitura.

E desse amor que, agora, em nós palpita,
Ao morrermos, ninguém se lembra mais:
Amai-me, pois, enquanto sois bonita.

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