terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tereza Mota Valadares, 190, 5; BH, 030902011; Publicado: BH, 0901002012.

De olho no monitor, a monitorar os universos,
Que se localizam fora deste universo, 
Donde vem a luz e de qual energia
Ela é formada; são os segredos
Desses universos paralelos, insondáveis;
Muitos especulam sobre a vida e a
Morte; são teorias, são teses, são
Ensaios, bibliotecas e mais bibliotecas,
Repletas de exemplares de conjecturas,
Receitas, fórmulas, sistemas, equações;
Somente com as resoluções que são finitas,
As soluções que são perecíveis e com os
Resultados que são minguados,
Perante a imensidão que engloba
A imensidão; incansavelmente,
Perscruto cada palmo desses universos
Encantados, os registrados ou não;
E não encontro uma poesia imortal,
Um poema real, que me tire deste
Momento terminal e que seja o
Antídoto deste veneno letal, que
Destilo nas veias que me compõem;
Amanhã acordarei o mesmo, cotidiano;
Continuarei a ver assombrações nos
Meus pesadelos; continuarei a ser sedento,
A ter sede incontrolável, como um vampiro, a
Beber todo o sangue das cidades, dos continentes,
Dos universos; de olho no monitor, a monitorar
Os números do tempo, que correm à minha
Frente embalados, desembestados e sem
Controle do tempo; e são desses universos
Sem luz, que vêm as maiores sombras,
As mais destemidas assombridades, tão
Pesadas, que quando pousam a mão
Em nosso ombro, sentimos o frio da morte.

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