terça-feira, 4 de junho de 2013

Apiedado sigo sempre enternecido como um ser que tem compaixão; BH, 0260270102001; Publicado: BH, 040602013.

Apiedado sigo sempre enternecido como um ser que tem compaixão
E que é compadecido, empedernido com a situação atual 
Da humanidade que não sabe harmonizar-se; e não sabe
Ser compatível, condoer-se e comiserar-se com a maioria
Dos irmãos que vivem na perdição; não posso consentir
Sem lastimar e nem posso conformar-me com a
Injustiça, que alguns sofrem pelo mundo à fora; quero
Aprender a suportar com eles, quero aprender a deplorar
E a compadecer das almas que vivem nas trevas;
Quero, acrediteis, ser um compadecedor, ser um sóbrio
Enternecedor, com tudo que causar-me piedade; e sem
Demagogia, sem badalação, mostrar meu enternecimento,
Estender a mão para compactar, tornar compacto o
Sofrimento e acabar com a dor; comovido, sigo
Sempre abalado, como um ser estremecido, que tem
O espírito agitado, impressionado com o que se passa,
Com a maioria das crianças, nos quatro cantos do
Planeta; enternecido, deveras emocionado, só resta-me
Orar com comoração, com a insistência demorada de
Um orador em certo ponto de seu discurso, para tentar
Acabar como o estado comófila, de planta que vive
Sobre os rochedos cobertos de detritos, que passam certas
Pessoas, tanto nos campos, como nos grandes centros urbanos;
Quero ser um comodoro desta campanha, quero ser um
Comandante de esquadra holandesa, que comanda
Os protestos duma torcida de futebol, pela falta de ingressos,
A dirigir esses protestos agora, pela falta de saúde; quero
Ser um oficial da marinha inglesa e norte-americana,
Entre almirante e capitão-de-mar-e-guerra, para
Comodorar uma ação popular contra a falta de educação;
Quero ter o título honorífico em associações navais, para
Impor respeito na hora de reclamar contra a falta
De casa popular para a maioria da população; quero
Ser um comitente, uma pessoa que se encarrega, que dá
Comissão, que é constituinte, para exigir mais
Respeito com o tratamento das coisas públicas; basta de
Tanto descaso e abandono, o povo já não aguentamos
Mais e vamos acabar com a mescla: acabar com a mistura
Público com privado, acabar com a comistão: burguesia para um lado,
Povo para outro; elite para um lado, povo para outro, basta de apertura,
É hora de comissurotomia, de abertura, de alargamento
Como o cirúrgico, que é feito na válvula mitral
Pela secção das comissuras; é hora de quebrar a linha
De junção, quebrar a sutura, alargar a fenda, escancarar
A abertura, a comissura clara e não obscura e obtusa e obsoleta, como
Um comissório, uma cláusula, ou artigo, uma condição,
Que se não for observada, torna o contrato nulo; e por
Isso sofre um comisso, sofre uma pena, ou uma multa, como
O que se incorre àquele que falta às certas condições impostas por
Contrato, ou lei; preciso encarregar-me de algo de útil,
Confiar em Deus e esperar, preciso expedir em comissões, tal
Um comissário, um alguém que saiba comissionar, porém, sem
Agir igual ao deputado que faz parte duma das comissões
Da câmara, um membro comissional, que nada faz para
Engrandecer a casa, ao povo e nem s si próprio; tem só a funções,
Vive no local, na sede, na comissariaria, e não passa
Dum mísero ser, dum ser comiserativo, que produz comiseração
A todos que observam a mesquinhez, ao comiserar do mesquinho,
Que só faz inspirar compaixão, pena, dó; só a todos faz sentir
E ter piedade e compadecer, por ser um deputado medíocre;
Sem virtude, sem razão, sem ética, sem-vergonha, sem
Pudor pudibundo, sem escrúpulo e tudo mais que qualquer homem
Comum e do povo tem de sobra: honra, coragem, fé, verdade; e
Comiserardor, que inspira piedade, compaixão, quando
Vejo o estado cominutivo, a fragmentação da alma, e a
Divisão do ser dum deputado, é assim que me sinto;
Mas ele é o primeiro a cominuir a si próprio, ele é o primeiro
A se partir em pedaços, a fragmentar-se, a esmigalhar-se
E por causar assim tanta indignação, pela falta de decoro
E de comportamento, é que cominuo um deputado;
E quero que tu cominuis um também e que ele cominui
Outro e nós cominuímos mais alguns, vós cominuís os demais e eles
Cominuem os restantes; não é para sobrar nenhum para cominua
E não é para ficar para cominuas; e é para cominui e para cominuí,
Até o fim da limpeza parlamentar, até o fim do cominativo
E de tudo que envolva cominação, a ameaça que eles
São para o povo; a penalidade que eles são para a nação:
Só merecem castigo e condenação, só merecem o dedo
Cominador e a chave que fecha a comilância, o ato de
Comilão, da alimentação em grande quantidade, enquanto
A maioria do povo morre de fome; os lucros ilícitos, a patifaria,
A ladroeira, a latronice, o roubo, o furto e tudo que tiver
Sido comido, mastigado, ingerido; tudo que tiver sido
Roído, consumido, do povo logrado e enganado, será vomitado,
Será devolvido e eles voltarão à condição de mendigos,
Donde nunca deveriam ter saído; e o discurso comicial,
Que no comício demonstra respeito, será um prurido, um
Sujeito que causa comichão, coceira nos ouvidos, tudo
Por causa do falso teor comichoso; não sou cometomante,
Pessoa que pratica a cometomancia, a suposta arte de adivinhar
Pela observação dos cometas: mas o deputado "cometo", do grego
"Kometes", que tem ou não cabeleira, ou "kóme", deixará de cometida,
De ataque e de investida; deixará de ser o cometedor,
O que comete delito, crime e empreendedor de ações nocivas;
Deixará de ser o cometário, o que só aparece no plenário,
Para reclamar do salário, dele, que pensa que está pouco e que
Não chega nem para comprar um terno novo; é este o
Meu comento, é o é o que penso no meu comentário e não
Quero ser fingido e nem fabuloso, não quero ser comentício
E nem falso e nem mentiroso; quero falar a verdade, toda,
Nesta comentação, quero aproveitar a discussão e mostrar a controvérsia,
A crítica e a censura que eles merecem; não existe nenhuma
Comensurabilidade, qualidade do que é medível, do que
É comensurável, no caráter dum deputado, a não ser no
Comensalismo entre eles, na vida em comum de seres
De espécies diferentes, entre os quais se estabelece certa
Dependência, por terem o rabo preso uns com os outros; e só
Nessa comensalidade, nesse comensal de camaradagem à
Mesa, é que eles se comportam bem, pois cada um conhece
A falcatrua do outro e nesse entretempo ninguém fala
Nada; nesse ínterim, cada um guarda para si o próprio
Rabo e o do colega; entretanto, quando um abre o bico,
O outro puxa logo um dossiê, nessa mesma ocasião, xingam-se
Uns aos outros de corruptos e ladrões; e nesse comenos, não existe
Educação, respeito, só palavra de baixo calão, é um imante
De depravação, um momento putrefato, que não é próprio
Para recomendar nem na zona; não é recomendativo às
Prostitutas e não se recomenda nem à putas; é uma briga
Feia, pior do que a que possui benefício de comenda, daquele
Comendatário que administra e perdeu a comendataria,
Perdeu a comendaria, o cargo, a dignidade de comendador e
Senda da comenda e o reputo de bens, de pagamentos
Comemoráveis, que merecem comemorações e hoje é choro;
Basta de comedoria, basta de comedorias, de alimentos
Estipulados, de rações de víveres e de lucros ilícitos na nossa
Administração pública; basta dessa comediografia, dessa
Arte de escrever comédia, dessa encenação de comédia,
Que é a desse governo, que passa dez dias fora do país,
E fala de boca cheia e risonha, que a vontade dele,
Era a de ficar vinte dias; parece um iniciante, um
Principiante incipiente, que ganhou um presente novo,
Um começante, que faz xixi nas calças e não sabe o que
Fazer, a não ser um começador do caos, principiador da
Devastação, iniciador da sucateação;  o que começa a estragação,
E deixa combusto o país, deixa queimado o povo, nos mais simples desejos.(1)

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