quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Valdimir Diniz, Me dá o tom.

O tom reinante musical dançante de qualquer coisa
Alucinante se mostrará mais adiante
O tom eufórico discursivo gongórico de que
O passivo é retórico é ativo é o militante
O tom caudaloso prevendo um futuro perigoso faz
Do permitido o audacioso e todos vamos em gozo
O tom escaldante de que a praça é excitante com o
Toque mais brilhante da guitarra dissonante
O tom delirante do novo com o governante do lugar
Do povo e o povo sobre as costas do governante
O tom revolucionário do malandro devolvendo pro
Otário o que lhe roubou do salário
O tom sexual da política com o corpo te põe de
Borco na trama de quem é bom de cama
O tom mágico de que clic clac vapt vupt é tudo um
Truque vai tudo bem pra que usar muque?
O tom caótico gestual exótico de que o país é um
Pórtico gótico e que tudo o mais é golpe ótico
O tom paternalizante da possibilidade adiante com
A capacidade da formiga e a sutileza do elefante
O tom carismático de que se pode num átimo sobre
O povo asmático dos trópicos ao ártico
O tom sutil que ninguém viu na puta que nos pariu
Nesse país com céu de anil
Tudo isso de repente tudo isso simplesmente

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