sábado, 26 de outubro de 2013

Maurício Arruda Mendonça, Eu caminhava assim tão distraído.

olha eu ando louco à procura
 de um olhar que como o seu
 me acalme um pouco
 e eu possa chamar poema
 salto de cervo
 lua de outono
olha a parede se descasca
 poeira em tudo o que fica
 pense um pouco cinza de
 cigarro tubo de caneta
 não foi assim que eu te
 ensinei a mentir tenho
 febre algum tipo de dor
 mas ainda que eu erre
olha velocidade é uma fissura
 da juventude solidão é
 um método maluco de saber
 quem está dentro de você
 quando a cidade inteira
 te odeia mas
 entre almas de jeans
 você segue
olha nada na neblina além de
 borboletas transando
 estátuas se mexendo
 pessoas que se esqueceram
 de sorrir e você vai
 se matando
 de tanto dizer sim
 mas

olha a chuva fina no asfalto
 meu suor em sua pele
 pra sempre

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