sábado, 11 de janeiro de 2014

Pensamentos assaltam de assalto; BH, 030701501102011; publicado: BH, 0110102014.

Pensamentos assaltam de assalto,
Com ações de comandos de combate às
Guerras e guerrilhas urbanas; e são sabotagens às
Fortalezas, às trincheiras, casamatas, bunkers
E ninhos em que se escondem minhas
Obras, técnicas e resistências; e invadiram
Mares, terras, ares, com armas que nunca são
Modernas; palavras que não são de hoje e letras
De paredes de cavernas milenares; e os
Seres que habitam os quadros pintados nos
Tetos das capelas do meu crânio, não
São sagrados, são profanos; não são de
Artistas renascentistas, são de negros
Provindos de senzalas, de escravos e
Escravas e de filhos de escravos;
E de filhos e de filhas de santos e de santas
Das religiões africanas; e de pais e de mães
De santos; e de pajés de tribos indígenas
E de vodus de religiões haitianas; e de
Deuses e deusas das mitologias gregas e
Romanas, escandinavas, maias, astecas e
Incas; e de deuses pré-históricos, desconhecidos,
Pagãos; totens de civilizações extintas, de nações
Dizimadas por epidemias, pandemias, pestes e
Outros ciclos de eras, de épocas e de tempos
Continuados por mentes preocupadas em criar
Deuses e religiões; e cada um com mais
Fanatismo, ortodoxíssimo e radicalismo do que
Outro; e jogam em mares de detritos a cultura e
Suas elevadas variações e jogam em vastos
Depósitos sanitários a civilidade, descendentes;
E todos, por mais que ajuntem tesouros, com
Metais, minerais, empobrecem-se a olhos
Vistos; sustentam suntuosos palácios, mas são
Casebres, palafitas, casas de pau-a-pique,
Barracos de zinco e alvenaria; não são
Palacetes, mansões, são escombros que escondem
Almas inescrupulosas e espíritos anões, desgarrados
De constelações escuras e galáxias apagadas
Pelos tempos dos desvios dos anos-luz.

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