E agora está na hora
De correr atrás da compensação;
Há mal que vem para o bem
E há bem que vem par ao mal;
E há mal que vem para o mal,
Mesmo; e há bem que vem para o
Bem, mesmo; e agora é encontrar a
Saída do labirinto, a hora passou
Da hora, o tempo estourou; se
Existisse cabeça, poderia colocá-la
Para pensar, mas pensar, quem
Sabe e quem quer pensar? e
É necessário à própria sobrevivência;
A corcunda já pesa nas costas,
A corcova já é maior do que
A do dromedário e da
Corcunda e da corcova, daqui
A pouco tem-se um camelo; e se
O amanhã não acordar? e se
O sol não nascer amanhã? e
Se a luz não brilhar nunca mais?
Não terá valido a pena a
Existência em cima da terra
E talvez nem embaixo da terra;
E se chegar à conclusão de
Que a única conclusão, é
Perder o bonde da história?
É hora de emergir, livrar da
Mão que segura o calcanhar;
É hora de costurar a ruptura,
Remendar o rasgão por onde
Se esvai o sangue arterial; o sangue
Venoso não é doce para a vida.
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