quinta-feira, 3 de abril de 2014

Llewellyn Medina, Meu apelido.



Meu apelido

Nestes meus dias de espanto
pergunto-me a mim mesmo ensimesmado
por que levantaste sobre teus quartos
e chamas-te a ti mesmo “homo sapiens” deslumbrado?



não governas o nascer do dia manhã
nem te escondes da noite fria terçã
o gavião dorme lá no alto independentemente de ti
o vento sereno rola nuvens de avelã
pássaros cantam arrulham bem-te-vi
e te chamas a ti mesmo te chamas mesmo de quê?



meu anjo é Gabriel meu anjosinho
colho as flores (quem as plantou)  um dia não fui
o trovão rugia: “anjo exterminador!”
sua resposta é dizer: “homo sapiens sou?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário