sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 40; BH, 0290802012; Publicado BH, 01201202014.

Que falta me faz uma luz, um raio, um trovão,
Todo mundo tem sua caixinha de tempestade;
Que falta me faz um vulcão, um vendaval, um
Furacão; que falta me faz um maremoto, um
Terremoto, um tsunami; todo mundo tem seu
Baú de atitude, de movimento, de manifestação;
Todo mundo faz e acontece, guarda na manga
Do casaco uma avalanche de pedras rolantes,
Uma explosão nuclear, que muda tudo de lugar;
Que falta me faz uma visão, um momento de
Lucidez, para uma revolução; todo mundo
Tem uma caixinha de ressonâncias, de estalos,
De ecos, de risos, barulhos, ruídos; que falta
Faz-me uma máquina qualquer que me passe a
Impressão de que estou vivo; todo munto 
Tem um que o distingue, que o projete e o
Realce e o destaque como produto do meio;
Que falta me faz umas trombetas retumbantes,
Não coloco abaixo as muralhas; todo mundo
Tem TNT, dinamites, nitroglicerina, adrenalina
Para injetar nas veias na hora certa; que falta
Faz-me um combustível detonador, um
Propulsor de nave espacial, um motor de
Disco voador, um acelerador de partículas;
Não saio do lugar, não levanto da frente do
Espelho e quando olho, continuo sentado
Lá; todo mundo tem um ejetor de assento,
Uma asa sobressalente, voa além das
Montanhas; encalho aqui neste porto, neste
Banco de areia e nem com rebocador de
Petroleiro, saio a navegar; que falta me faz
Uma força de partir uma partícula, de
Quebrar um átomo, de passar na frente do
Tempo, com o auxílio dum super acelerador
E romper a força da gravidade que me prende.

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