sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 41; BH, 0290802012; Publicado: BH, 01201202014.

Não olhes para outro homem, com o olhar que
Olhas para mim, quando estamos a amar; se
Não tivesse certeza do meu amor, não me
Incomodaria, mas, como tenho certeza, peço-te
Para não olhar para outro homem, com esse
Olhar, que é só meu; encontrei a rocha que me
Servirá de alicerce e poderei construir meu
Império de pedreiras e rochedos eternos; quando
Amamos e me olhas com esse olhar de ternura,
De entrega, de consciência de saber de quem é
Esse olhar, meu coração regozija-se, meu ser
Pensa e todos os meus órgãos existem em mim,
Numa comunhão, numa perfeição, não encontrada
Na regência do universo; tu surpreendes-me a todo
Momento e cada surpresa é uma descoberta, é
Uma confirmação, um desdobrar duma prega,
Uma frincha de luz suave, uma fresta que desvenda
O infinito; que amor sem fronteiras, que paixão
Sem limites, que revigorar de ânsia de viver, de
Ser perfeito para agradar ser tão perfeito para a
Minha sobrevivência; por acaso no ocaso descobri
O amor dessa mulher e fui descoberto no mesmo
Caso e vivemos este caso, que é um causo de
Romance ideal, que qualquer um gostaria de ser a
Personagem principal e não coadjuvante; e
De repente, me vejo cinegrafista e protagonista,
Cantor e poeta, escritor e jogador de futebol; de
Repente, me vejo menino, rapazinho sonhador,
Que não quer acordar mais, a não ser para
Viver este amor.

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