sábado, 23 de maio de 2015

Tereza Mota Valadares, 190, 10; BH, 0270602012; Publicado: BH, 0230502015.

Meu silêncio da boca da noite me
Acompanhará até a garganta da madrugada;
Sou da noite, sou da madrugada
E sou do silêncio e o silêncio; o
Escuro da noite, o sombrio da madrugada,
O peso do silêncio aguçam-me os sentidos
E afloram na mente pensamentos,
Devaneios, sonhos, pesadelos e tudo
Que vejo é como se fosse silhuetas,
Fantasmas, vultos e tenho que ter
Paciência, alarde para não cair
Em tentação; gosto de viver a
Madrugada e de não dormir
Nunca, gosto de viver acordado,
Sonhar, ou ter pesadelos, acordado;
Dormir me faz parecer um morto
E tenho medo do que é morto;
Tenho medo de dormir e
Alguma alma travessa vir
Puxar o meu pé, ou sentar
Em cima da minha barriga;
E assim sinto que não estou doente,
Não sou louco e nem esquizofrênico,
Como dizeis; e percebo que não sou
Maluco psicopata, ou paranoico;
Tenho sanidade mental de lúcido e não a
Senilidade inveterada do embriagado crônico.

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