domingo, 24 de maio de 2015

Tereza Mota Valadares, 190, 12; BH, 0270602012; Publicado: BH, 0240502015.

A arte escrita não pode e nem deve
Morrer, a obra-prima escrita, há de
Ser preservada, continuada e
Perpetuada; a obra de arte escrita,
Mesmo que nunca seja lida, há de
Ter resistência e de ser resistente;
Os tempos vindouros são de
Extermínios de muitas coisas
Antigas, fora de uso, antiquadas
E entre essas coisas, estão os
Escritores, os poetas, os vates, e
Os romancistas e também os
Ledores, os leitores, os amantes
Românticos dos livros e das
Literaturas universais; daqui para
A frente, as letras, as palavras, as
Escritas serão tão raras e
Misteriosas e ocultas, como os
Caracteres descobertos nas
Paredes de pedras e nas muralhas
Das cavernas milenares, das grutas
Seculares; é uma pena uma pobreza,
Uma miséria, mas é a realidade;
Como hoje não lemos os grandes
Clássicos do passado, o futuro
Também não nos lerá; e escrevíamos,
Escrevemos e escreveremos, sem
Nem mesmo sabermos para que e
Para quem, mas, teimamos de
Teimosos que somos.

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