Camarada, a vida é assim, companheiro,
Amigo, a vida não nos apresenta
Surpresas, somos tão antigos, arcaicos,
Ultrapassados, conservadores, provincianos,
Pré-históricos, com currículos da idade da
Pedra lascada, que, não podemos mais nos
Surpreender com a vida; estamos tão distantes
Dos nossos objetivos, que, nos contentamos com
As migalhas nos atiradas pelo destino; o
Que somos, é tão pouco, tão raso, vazio
E superficial, que, a superfluidade
É o nosso complemento; e inda
Vamos com tanta sofregidão ao pote
De mel, que, nos lambuzamos; e com
Tanta ansiedade ao pote de ouro
No fim do arco-íris, que, perdemos
Todo o ouro encontrado, antes
De voltarmos ao início; camarada,
A vida para nós, companheiros amigos é
Um vale da sombra e da morte; e
Se andarmos um ao lado doutro,
Poderemos sobreviver neste mar de
Incertezas, desesperanças e faltas de
Perspectivas; somos os animais protagonistas
Desta fábula chamada vida; os primatas
Personagens desta saga triste,
Repleta de reminiscências cheias
De incongruências e crueldades;
E o que sabemos ser sem pestanejar, é
Ser cruel e o que carregamos dentro
Do ser sem desalojar, é a maldade;
E o que temos na mente e que não
Nos deixa pensar em nada, nem nos
Nossos semelhantes, é a ruindade.
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