terça-feira, 21 de julho de 2015

MIKIO, 190; BH, 0140602013; Publicado: BH, 0210802015.

Os homens semelhantes primatas partem
Cedo e geralmente, não sabem para aonde;
E deixam aqui, seus monumentos
Monumentais, que, podem reverenciar
Suas memórias, por várias eternidades,
Inúmeras posteridades e incontáveis
Infinitos; e os homens semelhantes
Primatas são curtos e grossos, perecíveis,
Com datas de vencimentos e sonham
Em perpetuar carnes e ossos e criam
Colossos, que, não poderão apreciar;
Muito implícitos em si, suas obras
Explícitas, não explicam as causas
Que, os levam à destruição e a acabar
Com a civilização; e a obra maior
Desses homens, o que os representam no
Tempo, com presença no espaço, nos
Mais inimagináveis terrenos, é o
Esqueleto, é a caveira que é o
Homem, registros, vestígios, códigos,
Fósseis secretos, poeiras de mistérios;
O esqueleto sim, a caveira idem,
O homem não; o homem perdeu o
Vínculo com o homem, quer construir
Uma nova Torre de Babel e não quer
Construir um novo homem e
Conforma-se em ser feito de papel;
Um papel secundário, duma
Personagem que, não conta a
História, ilude, constrói pontes,
Cordas entre abismos, mas de si,
O que fica, o que edifica por dentro,
É o esqueleto, é a caveira a sorrir
Viva, do morto que o homem foi.

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