domingo, 19 de julho de 2015

MIKIO, 192; BH, 0170602013; Publicado: BH, 0190702015.

Numa era em que até o sexo é
Explícito, bradais que a poesia
Tem que ser implícita; nesta
Época tão moderna, onde o corpo
Nu dita a moda, uivais que o
Poema não pode ser tão nu; ora,
Minhas bolas doloridas, implodimos,
Explodimos, demolimos o conservadorismo
Cultural, político, religioso, sexual,
Comportamental, já vides alguma
Aurora implícita? acaso o ocaso que não
Seja explícito? a poesia é tão boa,
O poema é tão bom, que, se
Soubesse, teria perdido a virgindade,
No útero de minha mãe; deixai
Em paz as letras adormecidas nos
Bosques; deixai esquecidas as
Palavras perdidas nos pântanos; não
Façais barulho de assembleias universais,
Por um útero ser laico, ou um
Estado ser mínimo; quando a
Terra se arruma, não deixa nada
Por cima e outras atlântidas irão
Para o fundo do mar; os oceanos
Engolirão muitos continentes, a
Deus querer, ou não; e vós sereis o
Pré-sal da terra, quando daqui
Há milhões de anos, as brocas de
Diamantes atingirem as reservas
De óleos no fundo do fundo do
Mar e em forma de petróleo,
Voltareis no juízo final, como
Principal combustível da matéria-prima
Que virou vossa matéria.

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