quarta-feira, 15 de julho de 2015

Patagônia, 927, 31; BH, 030102012; Publicado: BH, 0150702015.

Minha mente está viciada,
Como uma usuária de crack,
Minha mente está viciada,
Meu cérebro sodomizado,
Uma sodomia numa gomorra mental;
Meus pensamentos estão cegos,
Para não violentarem,
Não seviciarem os outros pensamentos;
Nas paredes internas do meu crânio,
Estão gravadas em letras de fogo,
As palavras de sabedoria,
Que não consigo copiar nos blocos rochosos,
Que caem das alturas,
Além das abóbadas celestes;  
Cometas desgarrados de sóis de outras dimensões,
Orbitam os labirintos dos meus neurônios;
Nascedouros de estrelas formam constelações,
Galáxias de aglomerados de galáxias,
Nunca vistos nos mapeamentos universais;
E não oportunista,
Não tenho como passar às lápides,
Os desejos dos deuses criadores,
Dessas obras-primas repletas de anseios;
Volto ao lado de dentro de mim,
Como se olhasse do fundo dum subterrâneo
Da cratera deixada por um buraco negro;
Um quasar pulsa nos cinturões dos limites das
Estrelas que escoam os pensamentos;
E tudo num silêncio de núcleo de célula,
De rastejar de mitocôndrias,
Retículos endoplasmáticos,
Complexos de Golgi,
Reações ácidas e de processos de reproduções;
Pisei de mansinho do lado de dentro das solas dos meus pés,
Para não despertar os rumores dos humores,
Que tiram de suas órbitas,
Esses astros dimensionais.

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