quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 63; BH, 0130702012; Publicado: BH, 080702015.

Não salvei nada, nada, nada, nem
Ser, nem espírito, nem alma, nada,
Nenhuma criatura da manada;
Todo o rebanho ficou destruído e as
Ovelhas e demais gados dispersaram-se
Pelos campos, num estouro de boiada;
Búfalos ferozes selvagens, touros feridos,
Todos os obstáculos transpostos e barreiras,
Valas, vales, fossas voaram na passagem
Disparada na paisagem; locomotivas
Apitavam desesperadas, apressadas, a
Bufar vapores na neve que cobria as
Encostas sinuosas; e devolvi ao firmamento
Ao seu lugar no universo, todas as estrelas,
Meteoros, meteoritos, todos os asteroides
E astros caídos na Terra; coloquei um por um
No seu devido lugar e fui dormir e só
Com os zumbidos dos zumbis; e
Para meditar, recuperar forças, o melhor
Lugar do universo é Yaznayah Polyana,
Lá encontrei meu velho Tolstói; sei,
E para não perturbá-lo, só sonhei,
Não tive um pesadelo e nem falei
Enquanto dormia; e de manhãzinha,
Já não estava mais e deixou por
Praga, uma poesia e foi sinceramente
Aí a minha alegria, era o que eu queria.

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