terça-feira, 11 de agosto de 2015

MIKIO, 161; BH, 0190502013; Publicado: BH, 0110802015.

Procuro o que é que tira o homem do
Limbo, da caverna, do útero;
Procuro saber, o que faz o homem querer
Permanecer no útero, na caverna,
No limbo; penso que a liberdade seja
A mãe do homem, a liberdade o move, o
Envolve e o acompanha por toda
A existência; e pela liberdade,
O homem deve lutar, até o fim
Dos seus dias; quem vive no limbo
É fantasma, quem vive na caverna
É o prisioneiro acorrentado, quem
Vive no útero, é o feto encruado;
Criar casulo, enraizar igual a um
Vegetal, hibernar numa loca, não
É o que nos pede a sabedoria; não é
O que nos pede o conhecimento, o
Saber, ou o discernimento; não é o
Que nos pede a percepção, a luz
Que afasta o nosso medo, o medo
Do homem de ser livre, de ter liberdade
E de atuar dentro dos princípios da
Ciência; e um dos princípios que rege
A vida do homem livre, é vencer a
Covardia; vencer os subterfúgios, pois,
Muitos para passarem-se por livre, passam-se
Por loucos; e podemos ser livres sem
Precisarmos apelar à loucura; é
Por isto que não sou um ser moderno,
Sinto-me preso, acorrentado aos
Conceitos das opiniões publicadas;
Sinto-me vegetal, cosido ao muro do
Quintal; e olho os calangos, olho os
Pardais: ali, sim, entendo a liberdade.

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