segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Alexandre de Oliveira Périgo, Ser de direita é muito louco.

Ser de direita é muito louco.
É defender o estado mínimo mas achar corretíssimo que o congresso defina com quem você pode casar e constituir família.
É defender a meritocracia mas reclamar de desemprego.
É dizer que o PT só se elege por conta da baixa escolaridade de seus eleitores mas ser fã de um senhor que se diz filósofo e que não completou a quarta série do primário.
É querer combater a corrupção petista votando no PSDB.
É ser contra bolsas e cotas mas prestar concursos públicos.
É defender o livre mercado mas achar o Uber um absurdo.
É ficar com a boca seca em São Paulo mas premiar Alckmin por gestão hídrica.
É defender o armamento da população para evitar tiroteios nas ruas.
É ser defensor da liberdade irrestrita mas xingar e dar porrada em quem não concorda com sua visão de mundo.
É ser contra o aborto mas a favor da redução da maioridade penal.
É chamar o Lula de bêbado e ser eleitor do Aécio.
É dizer que Lulinha ficou bilionário com falcatruas de seu pai mas não dar a mínima pro apezinho de 50 milhões de dólares de FHC no centro de Paris comprado com aposentadoria de professor de estado.
É mandar comunista pra Cuba mas nunca pro Uruguai.
É chamar empresários bilionários de "vencedores" mesmo sendo explorado por estes.
É chamar opositores de "esquerda caviar" porque não conseguir compreender que há gente com dinheiro que não compactua com as injustiças capitalistas.
É reclamar do dólar de hoje a 4 reais desconsiderando que em 2002 ele custava quase 8 reais com a correção inflacionária.
É gritar pela derrubada de um governo democraticamente eleito e pedir a volta dos militares mas dizer que comunista é que gosta de regimes autoritários.
É ser fã do Mujica e do Mandela mas desconhecer que ambos foram guerrilheiros comunistas.
É adorar o Bolsonaro mas... bem, pra quem adora o Bolsonaro não há nenhum "mas" que salve.
Se de direita é muito louco, meus queridos.

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