domingo, 13 de setembro de 2015

MIKIO, 104; BH, 0190302013; Publicado: BH, 0130902015.

O coração pulou no mar notadamente
No oceano Pacífico lá nas Fossas Marianas
Escondeu-se no Abismo Challenger
Procurou a escuridão perpétua
Conserva-se nas temperaturas glaciais
O coração bateu pernas do peito
De vergonha do defeito que o fazia
Desacelerar o amor chegava batia à
Porta o coração não disparava o
Mundo inteiro amava o universo
Amava o coração hibernava não suportou
A pressão pulou do peito fugiu
Da opressão da falta de amor na
Nova morada criatura donde luz não há onde
Ar não há como uma pedra negra
Camuflada no breu infinito foi
Puxado pela gravidade ao pior
Lugar não sentiu mais nada
Pois nem o nada existe lá não
Sentiu os sentidos os sentidos são
Inúteis lá o ex-peito vagabundo
Perambula pelas madrugadas a deter-se
Aqui e ali a desandar morto-vivo
Zumbi robô mais uma vítima sem amor
O coração sem sístole sem diástole
Sem peito todo cheio de defeito não
Será mais procurado se por ventura
Ser encontrado será por expedição científica
No futuro que ficará deslumbrada ao vê-lo
Tão conservado mas devido as já ditas
Temperaturas glaciais ao visitar um museu
De peças pré-históricas deparei com
Um coração numa urna de exposição
Onde estava escrito coração desconhecido
Senti uma dor profunda no peito

Nenhum comentário:

Postar um comentário