sábado, 19 de setembro de 2015

MIKIO, 85; BH, 070302013; Publicado: BH, 0190902015.

Nunca mais falei de amor
Depois de certo tempo não
Se fala mais de amor que 
Coisa mais fora de moda
Piegas arcaica ultrapassada
Que coisa atrasada abrir a 
Boca no salão a falar do 
Amor que há no coração
Nunca mais falei de amor
Ou ouvi falar de amor que
Coisa estranha complicada
Complexa amar ainda há
Lugar? em que tempo se
Julga este verbo? em qual
Pessoa em qual voz? amor
Saudosos tempos em que
Se cantava louvava orava
Ao amor nostálgicos dias de
Verão noites de primavera
Madrugadas de inverno
Tardes de outono em que o
Amor era patrono os carnavais
De outrora nos quais todas as
Marchinhas eram dedicadas ao
Amor das senhoras não quero
Viver estes tempos de agora
Tenho saudades do vento
Que trazia notícias da flor
Em cada pétala escrita amor
Até em Deus se falava sem
Interferência de padres ou
Comunhão de pastores o
Amor era grande infinito
Era eterno durava mais do
Que isso hoje nasce de manhã
Morre de noite 0u nasce de noite
Morre de manhã o amor hoje é de
Hoje não é o de ontem nem será
O do amanhã o manhã será um
Outro amor que ficará velho no
Entardecer nunca mais ouvi falar
De amor ou ouvirei falar de amor
Falar de quê? de amor estou a falar
De amor direi que nunca mais
Falei de amor nunca mais amor

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