quarta-feira, 16 de setembro de 2015

MIKIO, 88; BH, 090302013; Publicado: BH, 0160902015.

Inflamado com infecção generalizada
Em febre com uma íngua no cérebro a
Comprovar que nada vai bem lanço-me
Com furor de terminal com o debater
Dos últimos espasmos da vida a deixar
O corpo em busca do elo perdido da
Literatura a literatura poética que de
Muito perdeu com a humanidade a
Relação comparsa o conluio era um
Amor quase incestuoso de repente
A poesia se viu legada a um plano
Submisso resiste em alguns loucos
Mansos noutros nem tão mansos
Assim a temperatura do corpo está
Além dos graus considerados normais o
Corpo estremece em calafrios arrepios
Percorrem-lhe a pele a eriçar os pelos é
Que tudo de poesia de poema antologia
Elegia na humanidade já foi feito refeito
Desfeito de novo feito não há mais
Nada que se possa salvaguardar como
Algo que liberta das pedras os monstros
Das sombras as assombrações da
Suadeira os loucos pregados nela como
Um aventureiro ultrapassado sem
Ferramentas adequadas sonho em
Reabilitar a poesia mas é sempre o mais
Do mesmo dou vida à muitas páginas
Compostas de inúmeras letras infinitas
Palavras ostomizadas como um cão
Farejador farejo osso por osso não
Percebo a chegada doutro cão mais
Poderoso rouba-me o esqueleto inteiro
Fico sem a caveira da poesia

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