domingo, 13 de setembro de 2015

MIKIO, 97; BH, 0150302013; Publicado: BH, 0130902015.

Um traço que atravesse as paralelas lá onde
As paralelas encontram-se que deixe-me
Satisfeito um risco que olhe veja o nascimento
Do universo um cisco cósmico de poeira sideral
Desgarrada de tempestade solar a trazer na aurora
Boreal a poesia imortal um rastro um vestígio
Um detalhe eis-me aqui o poema que tanto esperas
Com tantas vozes que gostaria de ouvir acreditar
Tomou forma diante de mim como um espectro
A materializar-se numa folha de papel uma linha
Uma letra uma palavra um pingo uma gota de
Sangue de suor começa-se a formar uma obra
Uma nascente manancial uma semente de
Fruto angelical não mereço tal criatura criador
Quero ver na estrutura quero fazer parte do
Firmamento pensamento o que tenho a oferecer? o
Firmamento tem tudo discernimento não é vaidoso
Ansioso angustiado sou ao abraçar seres com
Caracteres defeituosos não se deixa contaminar
De jeito nenhum quem conseguirá ser como o
Firmamento azul? quem é possuidor de tamanha
Grandeza junto com tamanha beleza? enterrais
Meu coração neste firmamento embalsamais
Meu corpo com este azul serei uma múmia anil
Azul celestial mais um astro a fazer parte deste
Firmamento de dia em companhia do sol de
Noite em companhia da lua nua minha no infinito

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