sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Do DCM, Memórias de uma advogada libertina. Por ANÔNIMA

Por Manara
Por Manara
Este é o quarto capítulo do folhetim que descreve as memórias de uma advogada libertina. A autora é uma das colunistas mais festejadas da internet, e assina os textos como ANÔNIMA.
ADVERTISEMENT
Os demais capítulos:
Na cena final do último capítulo, estou ajoelhada diante de um semi-desconhecido em quem acabara de fazer o sexo oral mais alucinante – e inesperado – da minha vida. Era uma festa com pouca luz e muita gente estranha. Fomos flagrados por uma menina quase bonita que usava o corte mais estiloso que eu já vi na vida.
Ela parecia não ligar muito. Talvez a cena fosse comum em sua vida movimentada e rodeada por pessoas essencialmente livres. Sentamo-nos de volta na sala lotada e cheia de fumaça com a naturalidade de quem não estava na gozando na varanda segundos antes.
Ele estava à minha esquerda com uma das pernas encostadas em mim. Ela, usando uma saia turquesa soltinha e as pernas finas estiradas. Trocamos olhares sugestivos entre um gole e outro – os três, numa reciprocidade quase sincronizada.
- Vamos tomar a última lá em casa? É  aqui pertinho.
O tom da voz dela era ébrio, natural e muito safado. Entreolhamo-nos.
- Acho uma boa.
Entramos no carro e felizmente eu ainda podia dirigir, mesmo que mal. Era difícil me concentrar com uma mão insistente transitando entre minha coxa e minha virilha, mas, por sorte, o apartamento dela era a duas quadras dali.
Entramos. Havia um Merlot nos esperando (pois é, aquela noite podia mesmo ficar ainda melhor). Ele abria o vinho enquanto ela se ocupava em me beijar tão repentinamente quanto ele mesmo me fizera ajoelhar horas antes.
Ela tinha mãos delicadas e habilidosas e um beijo quente e feminino. Tocava meus peitos por cima da blusa enquanto passeava a própria língua por cada centímetro da minha boca. Quando abrimos os olhos, ele estava parado, com o vinho em uma das mãos e o pau visivelmente duro. Não esperou o convite e sentou-se conosco no sofá. Serviu o vinho. Bebi um gole enquanto os olhava, imóvel, com um sorriso de canto.
Ele tirou a taça da minha mão – em outras circunstâncias, eu consideraria isto completamente ofensivo – puxou meu cabelo, me olhou firmemente durante precisos três segundos e me beijou com sede. Puxou-me mais para perto. Sentei em seu colo, com as pernas abertas, de frente pra ele. Nos beijávamos enquanto eu cavalgava, ainda vestida, e a anfitriã se divertia com a cena. Mas ela precisava se divertir mais.
Levantei e tirei sua blusa. Ela tinha peitos grandes, muito brancos com auréolas rosadas. Passei a sugá-los enquanto ele a masturbava por cima da calcinha de algodão e ela gemia baixinho com a expressão mais safada que eu veria naquela noite.
Eu não podia lidar com a dimensão do meu tesão. Gozaria ao menor estímulo. Ele tirou a camisa e nós duas – juntas – cuidamos do resto até que pudéssemos vê-lo nu em pelo na nossa frente. Conduzi-a gentilmente para que ela provasse o pau que eu provara mais cedo – e ela o fez com maestria. Ajoelhamos, ambas, na sua frente, e ele tinha uma expressão (que hoje parece patética, mas, naquele momento, era excitante) de rei do harém. Ele revezava o próprio prazer em nossas bocas.
Levantei e sentei para assistí-los. Ela parecia preferir mulheres, mas se divertia. Ao perceber que eu me masturbava gostosamente diante do espetáculo que eles mesmos protagonizavam, ele veio em minha direção e segurou o meu rosto pela segunda vez naquela noite, fazendo com que eu me virasse de costas. Ela era do tipo participativa, e posicionou-se estrategicamente perto da minha boca.
O momento em que ele colocou a camisinha pela primeira vez não estragou o clima, porque eu me ocupava chupando-a. Enquanto seus gemidos incontidos ecoavam pela sala à meia-luz, senti-o me penetrar abruptamente enquanto puxava meu cabelo. Ela gozou primeiro, gostoso, na minha boca, e se afastou alguns centímetros, talvez pela sensibilidade pós-orgasmo, mas eu ainda podia vê-la escorrer, de muito perto, enquanto ele me comia.
Ao abrir os olhos depois do meu próprio gozo, notei que ela me olhava com uma expressão atenta e excitante. Ele pediu que nos ajoelhássemos de novo, juntas. Obedecemos. Nossos rostos estavam juntos, nossos corpos, nus, se misturavam no assoalho de madeira. Ele dividiu o gozo entre nossas bocas e nossos seios.
Não terminamos o vinho. Eu tinha pressa. Me despedi, deixei-os sozinhos e saí madrugada adentro, em direção à casa da minha amiga, onde era esperada. O dia seguinte seria de retorno à minha rotina maçante – mas não exatamente monótona – no escritório.

Nenhum comentário:

Postar um comentário