domingo, 11 de outubro de 2015

MIKIO, 47; BH, 0190202013; Publicado: BH, 01101002015.

É bom demais escrever poemas tão
Bom que não há outra coisa que
Possa fazer tão bem todo ser que
Respira mesmo que não saiba é um
Escritor de poemas todo ser que
Respira deveria ocupar o seu tempo
Só na escritura de poemas os poemas
Escritos estão em todas as partes são
Escritos pelos infinitos seres que formam
Os universos do menor ser que se for
Cortado gera uma reação em cadeia
Doutros infinitos seres ao maior de todos
Os seres que é o maior dos sóis que
Possa haver nos santuários de poemas
Não sei fazer outra coisa talvez
Nem saiba fazer poemas mas o bom
Do poema é que não precisa saber
Para se fazer um poema a formiga faz
Sem saber a lesma a borboleta o
Calango a taruira todos fazemos poemas
Sem saber são poemas vivos sem
Saber que são poemas vivos a lua
Que é um poema faz poema
Há os embriagados como sou que
Fazemos poemas à lua a água com
A sua santidade de poemas aquáticos o
Ar seus poemas aéreos a terra e seus poemas
Derivados dela pó areia poeira o fogo
Com seus poemas labaredas faíscas brasas cinzas
Tições carvões fagulhas o poema é assim não
Há um inventor como não há um finalizador
O primeiro poema deve ter surgido na
Primeira explosão que aconteceu no nada
Isso do nada também nascem poemas

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