domingo, 8 de novembro de 2015

MIKIO, 6; BH, 030202013; Publicado: BH, 0801102015.

Abasteci meu coração de sangue arterial
Muni os meus pulmões de ar oxigenado
Revigorei meu peito de algo especial
As estrias das cavernas do espaço sideral
Para mim ficou pequeno o mundo
Depois que cresci em todas as
Dimensões procurei a poesia como o
Pão nosso de cada dia fiquei feliz fiquei
Contente da maneira que fica o crente
Depois de ter sido atendido em sua
Oração cantei como cantam as crianças
Com a voz do coração no peito encontrei
Leite materno mamei fiquei muito bem
Formado animal perfeito mas não fazia
Nada direito mamãe desgostava-se
Minha avó estava ali cúmplice comparsa
A absolver os meus delitos mais graves
A arranjar álibis para não ser
Condenado se no passado tive infância
Na infância tive passado com tias avós
Avôs primas primos inda sou
Inocente ingênuo vestígios de infância
Não quero perder estes resquícios que
Trago impregnados em mim muito de
Pueril acompanha meus traços nas folhas
De papel nas letras nas palavras nas
Posturas quase tudo que resiste de dentro
É para não querer passar para a fase
Adulta o tempo passa o vento voa
A tarde encanta a noite é propícia aos
Amantes a estenderem-se sob a luz do luar
A falarem de amor a relva convida me
Estendo nela a observar o céu mais de perto

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