domingo, 20 de dezembro de 2015

Não pagarei nada do que vos devo; BH, 0290702013; Publicado BH, 02001202015.

Não pagarei nada do que vos devo
Com letras não vos ressarcirei com palavras o
Pablo Picasso que era artista com uma
Rubrica enriquecia qualquer dono de
Estabelecimento comercial o Salvador
Dali com um único rabisco deixava
Milionários donos de galerias de arte
Juan Miró com seus salpicos de tinta
Com suas impressões sem impressões
Enchia de grana os bolsos dos colecionadores
Eram verdadeiros reis Midas em
Tudo que pegavam transformavam
Em ouro devo-vos devo a vós muito
Se letras pagassem ainda teria
Troco se palavras pagassem na certa
Poderia gastar mais mas minhas
Letras minhas palavras não são mágicas
Não são consagradas não são santas
Num futuro qualquer incerto não
Serão relíquias negociadas a peso de
Ouro se vivesse no tempo das
Cavernas fizesse esses garranchos em
Qualquer parede de gruta na certa as
Paredes as grutas seriam preservadas
Seriam intocáveis devido aos
Garranchos hoje transformados em
Escritas rupestres não teriam preço
Imaginável olho minhas paredes nas
Salas quartos banheiro cozinha vejo
Os prisioneiros estão todos lá acorrentados
Não sei como libertá-los não sei como
Transformá-los em obras-primas em obras de arte

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